Racionalismo (René Descartes)
Para
o racionalismo as operações corpóreas são simplesmente disposições dos órgãos dos
sentidos, e não se pode concluir que elas não sejam reais. A razão é a fonte principal do conhecimento. O
conhecimento sensível é considerado enganador. Por isso, as representações da
razão são as mais certas, e as únicas que podem conduzir ao conhecimento
logicamente necessário e universalmente válido.
A
razão é capaz de conhecer a estrutura da realidade a partir de princípios puros
da própria razão. A ordenação lógica do mundo permite compreender a sua
estrutura de forma dedutiva. O racionalismo segue, neste aspecto, o modelo
matemático de dedução a partir de um reduzido número de axiomas.
A
partir de Descartes, o conhecimento não está mais gravado no mundo, mas seu
lugar é na consciência do sujeito pensante enquanto representação e ou adequação
entre a “coisa” (mundo) e o pensamento (o cogito). No racionalismo de descarte,
o fato de duvidar é condição para o pensamento é também, segundo uma mesma
ordem, condição para a existência, notoriamente inscrita na frase que afirma:
PENSO, LOGO EXISTO.
A
subjetividade em Descartes alcança um status, um grau de autonomia e liberdade
para com a realidade exterior tornando-se, então, o modo privilegiado para pensar
o sujeito e também o mundo.
Empirismo (Francis Bacon, John Locke, David Hume)
Para
o empirismo o ponto de partida para a reflexão humeana está em considerar que
todo conhecimento que se refere ao mundo começaria com a experiência,
fundando-se na percepção. A experiência é a fonte de todo o conhecimento, mas também o seu limite. Os empiristas negam a
existência de ideias inatas, como defendiam Platão e Descartes. A mente está
vazia antes de receber qualquer tipo de informação proveniente dos sentidos.
Todo o conhecimento sobre as coisas, mesmo aquele em que se elabora leis
universais, provém da experiência, por isso mesmo, só é válido dentro dos
limites do observável.
Os
empiristas reservam para a razão a função de uma mera organização de dados da
experiência sensível, sendo as ideias ou conceitos da razão simples cópias ou
combinações de dados provenientes da experiência. O pensador chama
tais regras de associação de ideias, onde as ideias seriam associadas por
contiguidade, semelhança e causalidade, transformando a relação de causalidade
no principal elemento de todo o conhecimento no que se refere às questões de fato.
Criticismo Kantiano
Para o Criticismo todo o conhecimento inicia-se com a experiência,
mas este é organizado pelas estruturas a priori do sujeito (espaço e
tempo). Segundo Kant o conhecimento é a síntese do dado na nossa
sensibilidade (fenômeno) e daquilo que o nosso entendimento produz por si
(conceitos). O conhecimento nunca é, pois, o conhecimento das coisas "em
si", mas das coisas "em nós".
"O que podemos conhecer?" esta foi à questão inicial que
orientou a sua investigação. Ao contrário dos empiristas, afirmou que a mente humana
não era uma "folha em branco", mas sim
constituída por um conjunto de estruturas inatas que recebiam, filtravam, davam
forma e interpretavam as impressões externas. Observa-se que o sujeito seria
constituído de uma estrutura racional dotada de formas a priori da
sensibilidade, do entendimento e da razão que indicaria aquilo que o homem
poderia ou não conhecer.
Fonte:
Refletir sobre a problemática do cotidiano e o projeto filosófico da modernidade nos remete a idéia de que a ciência agora, diagnostica os problemas do mundo e passa a buscar no próprio mundo e não mais na religião, os caminhos na solução dos problemas.O homem da modernidade anseia por significados que estavam protegidos pelo saber religioso.
ResponderExcluirObservando essas três linhas de pensamento podemos perceber que ambas passam a dar valor ao "Homem" como ser pensante e dono de sua própria realidade, deixando um pouco de lado aquele pensamento em que só a religião comandava. Com o surgimento da modernidade e desses filósofos o homem passa a buscar respostas para suas perguntas, onde deve ser provadas pelo próprio homem.
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