O que deve caracterizar a juventude é a modéstia, o pudor, o amor, a moderação, a dedicação, a diligência, a justiça, a educação. São estas as virtudes que devem formar o seu carácter. "Socrátes"

domingo, 29 de abril de 2012

Uma breve análise do Pensamento Educacional de Platão e Aristóteles e algumas considerações sobre a influência ou não destes filósofos na Educação atual


PLATÃO
As idéias de Sócrates puderam ser difundidas pela escrita de Platão. Platão defendia o inatismo e buscava resolver os problemas da vida movida por motivos políticos, éticos, estéticos e místicos (realidade ontológica). Para ele o conhecimento tornava os homens sábios e virtuosos e deveria ser adquirido através do estudo permanente, renunciando a tudo e todos. Nessa dimensão acreditava que só seria possível, através da busca da virtude, do homem bom, capaz de adquirir conhecimento. A educação seria de responsabilidade do Estado e capaz de formar homens sábios e bons para governar, homens capazes de pensar no coletivo. A proposta Educacional e política de Platão apresentam uma estreita e necessária relação entre Política, Conhecimento e Educação. Apontam numa perspectiva de educação mística como promoção e qualificação do saber. Os indivíduos são educados para a construção da justiça. “Platão acreditava que existiam três espécies de virtudes baseadas na alma, e que correspondiam aos estamentos sociais da pólis: a primeira virtude era a da sabedoria, deveria ser a cabeça do Estado, ou seja, o governante, pois utiliza a razão, correspondente ao ouro; a segunda espécie da virtude é a coragem e deveria ser o peito do Estado, correspondendo aos soldados, guardiões da pólis posto que suas almas de prata eram imbuídas de vontade. E, por derradeiro, a virtude era a temperança e que deveria ser o baixo-ventre do Estado, ou os trabalhadores e artesãos, posto que suas almas de bronze orientavam-se pelo desejo das coisas sensíveis”. Fonte: www.consciencia.org/temas/platao
ARISTÓTELES
Sem Platão não teria existido o Aristóteles. Em seus estudos intentava resolver os problemas do ser. Defendia o empirismo negando a realidade ontológica do mundo platônico das idéias. Buscava a formação do caráter do aluno, por isso, afirmava que se investirmos na qualificação do  nosso ser, através da educação podemos alcançar um nível mais elevado de nossa existência. A grandeza humana consiste no duplo movimento: não aceitar mais a determinação do destino, mas também renegar que precisamos ser igual aos deuses. Aí a célebre frase: “Conhece-te a ti mesmo”. O conhecimento na ótica aristotélica representa um modo de pensar sobre a prática dentro de uma concepção dialética e sistemática de educação. Essa concepção realista do conhecimento resolve os problemas da educação, mas possivelmente aqui é que começam os empecilhos do ensinar e do aprender.
Refletir sobre Platão e Aristóteles pode ser um grande desafio mesmo nos dias de hoje. Não restam dúvidas de que os pensamentos de Platão e Aristóteles trazem uma herança intelectual ocidental, para o pensamento educacional da contemporaneidade.  Quando lemos sobre educação hoje, nos deparamos com diversas problemáticas que foram discutidas por tais filósofos, como:
  • Formação do caráter do aluno
  • O principio da aprendizagem seria a imitação
  • O habito da virtude deveria ser adquirida na escola
  • Alunos devem ser levados as suas próprias respostas
  • O modo de pensar e produzir o conhecimento,
  • Formação do homem ético, feliz e útil a comunidade
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
http://historiauniversal.forumeiros.com/t791-diferenca-entre-platao-e-aristoteles

Conceito de Ontologia.


A Ontologia, como ciência filosófica, surge na cultura grega, pela ação construtiva de Aristóteles, que a chamava de próte philosophia, filosofia primeira, e também de theologikô epistéme, ciência divina, porque estuda ela os seres mais divinos até alcançar o Primeiro Motor, o Ato Puro. Portanto, a Ontologia é a parte da filosofia que trata da natureza do ser, da realidade, da existência dos entes e das questões metafísicas em geral. A ontologia trata do “ser enquanto ser”, isto é, do ser concebido como tendo uma natureza comum que é inerente a todos e a cada um dos seres. Enquanto a epistemologia refere se ao conhecer, a ontologia refere se diretamente ao ser em sua essência. Atualmente, diz-se que a ciência pós-moderna possui vocação ontológica. Em vez de interferir nos aspectos externos com o objetivo de fazer da técnica uma extensão do homem a ciência pós-moderna passa a interferir diretamente nas suas características internas, na essência do ser, com o objetivo de remodelá-lo, aperfeiçoá-lo e, até mesmo, em certo sentido, “fabricá-lo”.  

Fontes:
http://www.sophia.bem-vindo.net/tiki-index.php?page=Santos+Conceito+Ontologia

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Mito, e o que ele significa e representa no âmbito da Cultura Ocidental.

O mito é a primeira forma de explicação da realidade, seja ela natural ou social. Nasce dessa oralidade através da cultura popular, configurando-se como um discurso destinado a um público ouvinte, sendo que este toma aquilo como verdade absoluta por confiar plenamente em quem está narrando. Além de procurar uma explicação para a realidade, o mito também propõe apaziguar os temores do homem diante do mundo em que vive. As narrativas descrevem a relação do homem com os deuses – pois se trata de uma cultura politeísta. A sua finalidade é representar, por meio de uma linguagem simbólica, a realidade do mundo humano. São os poetas gregos os grandes responsáveis pela realização dessas narrativas, uma vez que são considerados escolhidos pelos deuses, eleitos pelas divindades. Os filósofos pré-socráticos são os primeiros filosóficos surgidos no Ocidente. Rompendo com a concepção mítica, a filosofia pré-socrática coloca a razão (logos em grego) acima de tudo, desprezando qualquer possibilidade sobrenatural. A sua preocupação é desvendar a realidade do cosmos. A divisão da história em períodos coloca a Europa como centro de referência da história mundial. Tal método colabora na indução, ainda presente na educação, em estabelecer a cultura européia como modelo a ser seguido ignorando outras culturas, histórias e pensamentos. Desta forma, o pensar filosófico não se restringe aos filósofos europeus, mas se estende a pensadores judeus e árabes. No entanto, temos como ponto fundamental as influências de Platão e Aristóteles expoentes da Patrística e da Escolástica.

A Odisséia

          Na Odisséia ressoa ainda o eco da guerra de Tróia, narrada parcialmente na Ilíada. O título do poema provém do nome do protagonista, o grego Ulisses (Odisseu). Filho e sucessor de Laerte, rei de Ítaca e marido de Penélope, Ulisses é um dos heróis favoritos de Homero e já aparece na Ilíada como um homem perspicaz, bom conselheiro e bravo guerreiro.
          A Odisséia narra as viagens e aventuras de Ulisses em duas etapas: a primeira compreende os acontecimentos que, em nove episódios sucessivos, afastam o herói de casa, forçado pelas dificuldades criadas pelo deus Posêidon.  A segunda consta de mais nove episódios, que descrevem sua volta ao lar sob a proteção da deusa Atena. É também desenvolvido um tema secundário, o da vida na casa de Ulisses durante sua ausência, e o esforço da família para trazê-lo de volta a Ítaca. A Odisséia compõe-se de 24 cantos em verso hexâmetro (seis sílabas), e a ação se inicia dez anos depois da guerra de Tróia, em que Ulisses lutara ao lado dos gregos.
        A ordem da narrativa é inversa: tem início pelo desfecho, a assembléia dos deuses, em que Zeus decide a volta de Ulisses ao lar. O relato é feito, de forma indireta e em retrospectiva, pelo próprio herói aos feaces - povo mítico grego que habitava a ilha de Esquéria. Hábeis marinheiros, são eles que conduzem Ulisses a Ítaca.
          O poema estrutura-se em quatro partes: na primeira (cantos I a IV), intitulada "Assembléia dos deuses", Atena vai a Ítaca animar Telêmaco, filho de Ulisses, na luta contra os pretendentes à mão de Penélope, sua mãe, que decide enviá-lo a Pilos e a Esparta em busca do pai. O herói, porém encontra-se na ilha de Ogígia, prisioneiro da deusa Calipso. Na segunda parte, "Nova assembléia dos deuses", Calipso liberta Ulisses, por ordem de Zeus, que atendeu aos pedidos de Atena e enviou Hermes com a missão de comunicar a ordem. Livre do jugo de Calipso, que durou sete anos, Ulisses constrói uma jangada e parte, mas uma tempestade desencadeada por Posêidon lança-o na ilha dos feaces (canto V), onde é descoberto por Nausícaa, filha do rei Alcínoo.  Bem recebido pelo rei (cantos VI a VIII), Ulisses mostra sua força e destreza em competições esportivas que se seguem a um banquete.
         Na terceira parte, "Narração de Ulisses" (cantos IX a XII), o herói passa a contar a Alcínoo as aventuras que viveu desde a saída de Tróia: sua estada no país dos Cícones, dos Lotófagos e dos Ciclopes; a luta com o ciclope Polifemo; o episódio na ilha de Éolo, rei dos ventos, onde seus companheiros provocam uma violenta tempestade, que os arroja ao país dos canibais, ao abrirem os odres em que estão presos todos os ventos; o encontro com a feiticeira Circe, que transforma os companheiros em porcos; sua passagem pelo país dos mortos, onde reencontra a mãe e personagens da guerra de Tróia. Na quarta parte, "Viagem de retorno", o herói volta à Ítaca, reconduzido pelos feaces (canto XIII). Apesar do disfarce de mendigo, dado por Atena, Ulisses é reconhecido pelo filho, Telêmaco, e por sua fiel ama Euricléia, que, ao lavar-lhe os pés, o identifica por uma cicatriz.  Assediada por inúmeros pretendentes, Penélope promete desposar aquele que conseguir retesar o arco de Ulisses, de maneira que a flecha atravesse 12 machados. Só Ulisses o consegue. O herói despoja-se em seguida dos andrajos e faz-se reconhecer por Penélope e Laerte.  Segue-se a vingança de Ulisses (cantos XIV a XXIV): as almas dos pretendentes são arrastadas aos infernos por Hermes e a história termina quando Atena impõe uma plena reconciliação durante o combate entre Ulisses e os familiares dos mortos.
            A concepção do poema é predominantemente dramática e o caráter de Ulisses, marcado por obstinação, lealdade e perseverança em seus propósitos, funciona como elemento de unificação que permeia toda a obra. Aí aparecem fundidas ou combinadas uma série de lendas pertencentes a uma antiqüíssima tradição oral com fundo histórico.
Há forte crença de que a Odisséia reúna temas oriundos da época em que os gregos exploravam e colonizavam o Mediterrâneo ocidental, daí a presença de mitos com seres monstruosos no Ocidente, para eles ainda misterioso. Pela extrema perfeição de seu todo, esse poema tem encantado o homem de todas as épocas e lugares.
É consenso na era moderna que a Odisséia completa a Ilíada como retrato da civilização grega, e as duas juntas testemunham o gênio de Homero e estão entre os pontos mais altos atingidos pela poesia universal.
Fonte: www.nomismatike.hpg.ig.com.br

Diferença entre "Filosofia" e "Filosofia de Vida".

Filosofia é uma atitude reflexiva. É o estudo da mente, matéria, razão, demonstração e verdade buscando a compreensão dos problemas relacionados ao homem e ao mundo. Trata-se de um conteúdo filosófico que indica formulação racional, portanto, reflexão, conhecimento sistemático, sobre a ordem do mundo.

Filosofia de vida são os conceitos  e pensamentos formulados sobre política, economia, comportamento e a própria vida.
É a prática que adotamos teoricamente para nossas ações a partir da realidade com o intuito de operar sobre ela. Possui caráter espontâneo e assistemático.